9 de outubro de 2024

"Canção da Alegria"

Marina Mota, no Festival Caixa Alfama, relembrou-nos esta canção de Tonicha: "Canção da Alegria" (Joaquim Pessoa / Tozé Brito). Apresentamos o single (com a "Canção Sem Ti" no Lado B) retirado do LP "Ela Por Ela" (Polygram, 1980).


 

23 de junho de 2024

Fátima Altar do Mundo nas plataformas digitais

 "Fátima Altar do Mundo" está também disponível nas plataformas digitais. O tema do Lado A, "A 13 de Maio", era inédito fora do vinil.

No Lado B, aparece uma grande interpretação de "Ave Maria" de Schubert, com letra de Luís Pedro Fonseca. Esta última canção integrou o cd "Mulher", de 1997.



13 de junho de 2024

"Canção da Amizade" nas plataformas digitais

 Amanhã, dia 14 de junho, estará disponível, nas plataformas digitais, o single "Canção da Amizade" (Joaquim Pessoa/Carlos Mendes). A canção do Lado B era inédita fora do vinil. Vale a pena escutá-la: "É tarde meu amor" (Joaquim Pessoa/Pedro Só).




31 de maio de 2024

"Marcha de Benfica" nas plataformas digitais



 

19 de maio de 2024

"Jardim das Estrelas" - RTP

 Tonicha no programa de Júlio Isidro "Jardim das Estrelas", julho de 1997.






17 de abril de 2024

TONICHA CANÇÕES DE ABRIL
LP, DISCÓFILO 2003/L



Este LP de 1975 foi editado primeiramente pela Discófilo e, posteriormente, pela Orfeu, com o título "TONICHA CONJUNTO E COROS".

CRAVOS DA MADRUGADA
(Mário Castrim - Nuno Nazareth Fernandes)

Quando o povo ergueu a sua voz
Para deixar de ser escravo
O sol nasceu e brilhou para nós
E tinha a forma de um cravo.

Era ainda madrugada
E já um cravo dizia
Que na ponta da espingarda
Era tempo de ser dia.

REFRÃO (2x)
Eram cravos cravos cravos
Eram cravos mais de mil
Eram punhos levantados
Do povo no mês de Abril.

O cravo exigiu salário
Para se tornar português
Alex deu sangue operário
Catarina o camponês.

Aperta um cravo na mão
Carne viva cravo novo
Defende-o bem, capitão
Defende-o capitão-povo.

É realmente um disco histórico!
As letras ajudam-nos a compreender melhor aqueles dois primeiros anos de liberdade.
A música ligeira espelha bem a temperatura da época. E sabemos que o Verão de 1975 foi bem quente.

FACE A
TERRAS DE GARCIA LORCA
(Ary dos Santos - Nuno Nazareth Fernandes)
PAÍS IRMÃO
(Ary dos Santos - Braga Santos)
O POVO EM MARCHA
(Ary dos Santos - Braga Santos)
CRAVOS DA MADRUGADA
(Mário Castrim - Nuno Nazareth Fernandes)
BANDEIRA DA VITÓRIA
(Mário Castrim - Nuno Nazareth Fernandes)
CANTAREMOS/LUTAREMOS
(Gonçalves Preto - Braga Santos)

FACE B
SONETO DO TRABALHO
(Ary dos Santos - Fernando Tordo)
SOMOS LIVRES
(Ermelinda Duarte)
PORTUGAL RESSUSCITADO
(Ary dos Santos - Pedro Osório)
OBRIGADO SOLDADINHO
(Ary dos Santos - Popular)
HINO DO TRABALHO
(António Feliciano de Castilho - Shegundo Galarza)
JÁ CHEGOU A LIBERDADE
(Ary dos Santos - Popular)

Há, neste disco, uma curiosa junção de autores.
Além dos óbvios Ary dos Santos e Nuno Nazareth Fernandes, aparecem o temido crítico de televisão Mário Castrim, Braga Santos, compositor de canções de revista, Pedro Osório, Shegundo Galarza e Ermelinda Duarte.

BANDEIRA DA VITÓRIA
(Mário Castrim - Nuno Nazareth Fernandes)

Anos e anos fomos presos fomos vítimas
Anos e anos nos calcaram sem perdão
Anos e anos nossos gritos nossas lágrimas
Deram à luta mais raízes pelo chão.

Mas tudo isso já lá vai tudo já passou
A nossa alma é uma bandeira do porvir
Neste país que amanheceu em cada um de nós
Para todos nós há um país a construir.

REFRÃO
Não basta o mês de Abril pôr cravo na lapela
Agora estás aqui vais estar de sentinela
O que tanto custou não se pode perder
Trabalho e vigilância são armas de trazer.
Trabalho e vigilância são armas para vencer.

Tonicha volta a entoar a melodia do "Vira dos malmequeres", desta vez com um texto de Ary dos Santos, de homenagem aos soldados de Abril: "Obrigado soldadinho".
Outra melodia já antes gravada por Tonicha é a que serve de base para a última canção do disco, "Já chegou a liberdade". No tempo da RCA foi uma das canções do EP "ALENTEJO": "Maria Rita".
Destaquemos também o poema de António Feliciano de Castilho (séc. XIX): "Hino do Trabalho"



O POVO EM MARCHA
(Ary dos Santos - Braga Santos)

Vou ver passar
A marcha sem arquinhos nem balões
Ao pé do mar
Vermelha como os nossos corações.

Vou ver chegar
Os santos que não são os dos altares
E vou saltar
Fogueiras de vitórias populares.

REFRÃO (2x)
Lá vai lá vai
A malta proletária de Lisboa
Cantai lutai
Pois quem não lutar assim não marcha à toa.

Vou ver brilhar
A lua das esperanças encontradas
E vou cantar
Lisboa das vielas libertadas.

Vou ver vibrar
Bandeiras ondulantes e encarnadas
E vou dançar
De braço dado com os camaradas.

FICHA TÉCNICA
ARRANJOS E DIRECÇÃO: Jorge Palma
PIANO: Jorge Palma
VIOLAS: Mike Sergeant
BAIXO: Luís Duarte
BATERIA E PERCUSÃO: Victor Mamede
TROMPETES: Francisco Toneco, Armindo Toneco
TROMBONES: Amancio F. Costa, António M. Jubilot
FLAUTAS: Carlos A. França, João Oliver
VIOLA: Oliveira e Silva
CELLO: Maria de Lurdes
VOZES: João Henriques, Waldemar Ramalho,
Henrique Tabot, Jorge Palma, Tonicha, Fernando Tordo
ESTÚDIOS: Musicorde
PRODUÇÃO E EDIÇÃO: Discófilo

8 de março de 2024

Feliz aniversário!


 

21 de janeiro de 2024

Tonicha na Orfeu


 

25 de dezembro de 2023

Boas festas!


 

26 de novembro de 2023

Tonicha no "Eu, Show Nico", RTP 1981



 

6 de agosto de 2023

Tonicha por António Araújo

 

"Diário de Notícias", 06-08-2023

https://www.dn.pt/cultura/tonicha-zumba-na-caneca-16802256.html

Ninguém nasce Tonicha. Ou, como já dizia Beauvoir na abertura d"O Segundo Sexo: "on ne naît pas Tonichá: on le devient". Na verdade, até a própria da Tonicha teve de fazer-se Tonicha, construir-se a si própria, com garra e luta, apesar de, e ao contrário do que muitos julgam, Tonicha não ser um nome artístico ou abreviatura de Antónia, seu primeiro nome, antes o apelido com que viu a luz em Beja, aos 8 de Março de 1946: Antónia de Jesus Montes Tonicha. Aliás, Tonicha poderia ser Tonicher, nome também usado na família e apelido de um dos seus irmãos (será isso que explica aquele loiro e ar germânico?).

Antónia de Jesus Tonicha foi a terceira de quatro irmãos e teve, segundo a própria, uma infância "muito feliz". A mãe era de Serpa, o pai de Baleizão, ambos trabalhadores rurais. "Pertenço com orgulho a essa camada", como fez questão de notar à Crónica Feminina, no calor da revolução. A revista, seguindo o ar do tempo, acrescentou que ela punha "na voz, na expressão e no sentir o grito desse povo alentejano. Ela também "emigrante" dentro do seu país, lutando por uma melhoria de vida, que o seu meio ambiente lhe negava" (Crónica Feminina, de 4/12/1975). Se pensarmos que também Cândida Branca Flor e Linda de Suza eram do distrito de Beja, ambas nascidas em Beringel - e pela mesma altura, meados/finais dos anos 40 -, não deixaremos de perguntar que haverá por aquelas bandas para fomentar tantas e tão excelsas vozes. Tonicha responde, dizendo que, enquanto no Alto Alentejo predominam os grupos corais, o Baixo é a terra das vozes solitárias, logo mais apuradas.

Teve, desde cedo, a mania das cantorias, o "bichinho das cantigas", primeiro na escola, e depois, já mais crescida e espigada, nas festas da "Capricho", a Sociedade Filarmónica Capricho Bejense, fundada em 1916 e que continua sita ao nº. 10 da Rua da Moeda. Por influência da sua mãe, que tinha uma paixão por Amália, tomou-a por ídolo para sempre e, por volta dos 16 anos, foi viver para o Barreiro, onde um tio-avô era chefe da estação dos caminhos-de-ferro. A prima, Elizete Tonicher, e o primo, Francisco Naia (Francisco Naia Tonicher), eram cantores, e na família do pai havia muitos amadores de música, pelo que ninguém se opôs a que ela seguisse a carreira nos palcos, ao contrário do que sucederia com outras estrelas candentes, como Marco Paulo, que em jovem chegou a apanhar um valente tabefe do pai por estar a ouvir na sala de jantar, não por acaso, um disco da popular Tonicha.

Mentindo na idade ("Eles fingiam que acreditavam e de vez em quando chamavam-me e perguntavam se já tinha o bilhete de identidade. Dizia que ainda não, que ainda lá estava esquecido na casa dos meus pais, no Alentejo." - Correio da Manhã, de 16/1/2005), Antónia de Jesus, com apenas 16 anos, e levando consigo Manhã de Carnaval e Velas ao Luar, apresentou-se a concurso da Emissora Nacional, onde ficou aprovada. Acabaria por ingressar nos quadros da Emissora dois anos depois e, meses volvidos, entraria para a RTP. Entretanto, fora aprendendo com os maestros Armando Tavares Belo (que foi maestro titular da Orquestra Ligeira da Emissora durante 36 anos, até 1982), Fernando de Carvalho e António Melo, entre outros, e recebeu lições de canto de Corina Freire, uma garganta famosa, que chegou a contracenar com Maurice Chevalier e que foi também mestra de António Calvário, seu parente.

Em 1965, Tonicha gravou o seu primeiro disco, Canções de Natal, em conjunto com Saudade dos Santos, Gina Maria e Paulo Jorge, e, no ano anterior, fez a primeira gravação a solo, num EP da RCA, Luar Para esta Noite. Com Boca de Amora, de José Gouveia, ganhou, em 1966, o primeiro prémio no Festival da Canção da Figueira da Foz, que voltaria a conquistar no ano seguinte, com A Tua Canção Avozinha, que lhe granjeou também o Prémio de Interpretação ("Avozinha serás sempre/Fada dos sonhos meus").

Entretanto, participou no filme Sarilhos de Fraldas, do prolífico realizador Constantino Esteves, que Bénard da Costa definiu, não sem maldade, como "o herdeiro persistente do pior cinema português dos anos 40 e 50". No seu Dicionário do Cinema Português, Jorge Leitão Ramos não é nada meigo para a película, que apelida de "um dos exemplos do nacional-cançonetismo no cinema português dos anos 60" e que desfaz assim: "totalmente inábil do ponto de vista técnico, idiota quando ao entrecho, pessimamente interpretado, com diálogos de absoluta inanidade, este é um filme da vertente mais degradada e degradante da história do cinema português." Não seria essa a opinião dos espectadores, que tornaram esta fita, estreada no Odeon a 21 de Setembro de 1966, um grande sucesso de bilheteira, premiada pelos leitores da revista Plateia com os galardões de melhor filme, melhor actor e melhor actriz (cf. Fernando Madaíl, "O filme que começava com um piquenique", DN, de 16/6/2007). Com argumento de César de Oliveira, o elenco de Sarilhos de Fraldas era composto por António Silva, na sua última aparição no cinema (no papel de Sr. Castelo), Madalena Iglésias, António Calvário, Nicolau Breyner, Mário Pereira, Manuela Maria, Josefina Silva, Paula Ribas, Cremilda Gil e Tonicha, claro. O enredo, algo complexo, mete António, um cantor de revista que namora com a filha do seu empresário, Lurdes, encarnada por Tonicha. Lurdes, porém, é uma megera e António acaba por se apaixonar por Madalena, sua colega nos palcos. Às tantas, António e Madalena encontram um bebé perdido num automóvel e levam-no de boa-fé, mas acabam perseguidos pela Judiciária, que os intercepta em Leiria. No final, tudo acaba bem, ou mal, nas raias do péssimo, sendo sintomático que esta meteórica passagem de Tonicha pela 7ª. Arte não seja muito assinalada nas suas biografias ("uma experiência interessante, mas para esquecer", diria ela ao programa Um Dia Com..., da RTP, em Março de 1971).

Em 1967, um annus mirabilis da sua carreira, Tonicha ganharia, além do já citado Festival da Canção da Figueira, o Prémio de Interpretação do Festival de Ourense, o Microfone de Ouro do Rádio Clube Português, o Prémio de Imprensa, o Prémio "Voz do Ano", de Moçambique, e seria ainda eleita "Mulher do Ano" pelo Clube das Donas de Casa. Depois, um cortejo de êxitos e um sem-fim de prémios: 2.º lugar no Festival RTP da Canção, em 1968; 1.º lugar no mesmo, em 1971; 9.º lugar no Festival da Eurovisão, Dublin, 1971; Medalha de Bronze no Festival de Brazov, na Roménia; 1.º Prémio de Interpretação do Festival de Split, na Jugoslávia; 4.º lugar e 1.º Prémio de Interpretação nas Olimpíadas de Atenas, em 1972; Prémio da Crítica do VI Festival do Rio de Janeiro, 1972; 5.º lugar no Festival da OTI, em Madrid, 1972.

Após o 25 de Abril, Tonicha participou numa das primeiras músicas da revolução, porventura a primeira, Portugal Ressuscitado/Canção de Combate escrita por Pedro Osório e Ary dos Santos mal saíram da manifestação em Caxias, no dia 26, a exigir a libertação dos presos políticos. No 1.º de Maio, ela e dois fernandos, Tordo e Girão, gravaram-na nos estúdios da Musicord, no Pátio dos Artistas, a Campo de Ourique, e, uma semana depois, a música já estava nas rádios, com o refrão chileno "Agora, o Povo Unido Jamais Será Vencido" e um verso sobre a "gaivota da liberdade", a antecipar o sucesso avícola de Ermelinda Duarte.

Por essa época - mais precisamente, em 24 de Outubro de 1974 -, Tonicha teve a sua primeira e única experiência no teatro de revista, na peça Uma no Cravo, outra na Ditadura, de Sérgio de Azevedo, estreada no Teatro ABC com um elenco de luxo (Ivone Silva, Tonicha, Nicolau Breyner, José Morais e Castro, Fernando Tordo, Herman José, Aida Baptista, Fernando Girão, etc.), e textos, músicas e orquestrações de Ary dos Santos, Bernardo Santareno, César de Oliveira, Rogério Bracinha, Pedro Osório, Thilo Krasmann, Fernando Tordo e Nuno Nazareth Fernandes.

Apesar de se considerar "prá frentex", sobretudo quando fala dos tempos de Beja, e apesar da sua imagem arrojada de Françoise Hardy ou Sylvie Vartan lusitana, com minissaias, blusões, hot pants e bonés ("bonés à Tonicha"), que a tornaram um ídolo para muitas teenagers, que a imitavam e até davam autógrafos em seu nome, e que lhe granjearam muitos pretendentes, nacionais e estrangeiros, Antónia de Jesus Tonicha só teve um namorado e marido, João Maria Viegas, que conheceu aos 17, 18 anos, num espectáculo em Santarém, para o programa Onda Matinal, na Rádio Ribatejo. Não foi amor à primeira vista, mas estariam juntos até ele morrer na Casa do Artista, aos 83 anos e de lúpus, em Julho de 2013, naquela que foi, muito provavelmente, uma das maiores perdas da vida da cantora, já que, além de marido, Viegas foi seu manager e responsável pelos turning points decisivos da trajectória tonichiana, nomeadamente a sua passagem para o folclore e para a música tradicional portuguesa, domínios que ele dominava: nascido em Salvaterra de Magos, fora contemporâneo e amigo de Alves Redol, ajudara-o nas recolhas para o Cancioneiro Ribatejano, fizera trabalhos etnográficos pelo país e estrangeiro. Um pouco a custo, convenceu Tonicha a fazer uma inflexão para o folclore e os cantares tradicionais, com Vira dos Malmequeres, Resineiro, Senhora do Almortão, O Gaiteiro Português, Sericotalho, Bacalhau, Azeite e Alho, Pézinho do Pico, Lá-Ri- Ló-Lé, Vai de Ruz-Truz Truz e sobretudo, acima de tudo, Zumba na Caneca, o seu maior êxito, do qual, às tantas, já estava para lá de farta.

A sua ligação a Patxi Andión e a Ary dos Santos, do qual gravou 48 canções, a participação nos cantos da revolução (além de Portugal Ressuscitado, os discos Canções de Abril e Cantaremos/Lutaremos, todos de 1974), o facto de se trajar como ceifeira, a modo de tableau vivant neo-realista ou incongruente Catarina Eufémia mignone e loira, tudo isso levou a que fosse conotada com o PCP, coisa que ela rejeita, até com certa veemência: "essa foi uma partida que me pregaram. Eu nunca tive qualquer filiação partidária", disse à revista Vidas, do Correio da Manhã, em 23/1/2011.

Em 1992, já a RTP perguntava por ela no programa O Que é Feito de Si e, na verdade, Tonicha optara por uma vida mais recatada no campo, gerindo uma exploração turística no Ribatejo, em conjunto com o marido. Em entrevistas, disse que gostava muito de cantar, mas que nunca almejou a fama e que sempre foi "muito pacata". Conheceu as agruras da glória ("era complicado ir à praia e ter as pessoas a pedirem-me autógrafos. Todos nós gostamos de ir a um restaurante e poder almoçar tranquilos") e, por isso, abrandou o ritmo, saiu de cena, mas nunca se sentiu esquecida ou lamentou a escolha feita, até porque, confessa, fez "tudo o que podia fazer neste país". É verdade: gravou 308 canções, pelo menos, vendeu mais de 600 mil discos, esteve na Eurovisão, no Natal dos Hospitais, no "Abraço a Moçambique", o Live Aid português de 1985, percorreu o globo, cantou a Ave Maria de Schubert num programa de Herman José, gravou o disco Fátima, Altar do Mundo. Teve regressos intermitentes (v.g., Regresso, de 1993), foi alvo de homenagens, de compilações antológicas, em 2010 entrou no musical Vozes de Trabalho, de Tiago Torres da Silva, no Teatro da Trindade, ao lado de Lourdes Norberto, Cecília Guimarães, Carlos Mendes, Filipa Pais, Joana Negrão et all. Em 2017, seria lançada a fotobiografia Tonicha. A Eterna "Menina", da autoria de Maria de Lurdes de Carvalho, com testemunhos, de Jorge Palma, Fernando Correia, Ary, Tozé Brito, Baptista Bastos, etc., e do professor Francisco Marzia, gestor do Facebook do Clube de Fãs de Tonicha, que mantém também um impecável e actualizado blogue (já a fotobiografia, infelizmente, além de se encontrar esgotada, não consta sequer do catálogo da Biblioteca Nacional de Portugal). Em 2019, antes de ganhar o Festival da Eurovisão, Conan Osíris louvou a deusa: "Eu curto bué a Tonicha e tenho muito respeito, especialmente pela música que ela foi cantar - Menina do Alto da Serra - a primeira vez que ouvi isso eu chorei... A Tonicha para mim foi uma das maiores cenas no festival". Interpelada pela TV 7 Dias, Antónia sentiu-se lisonjeada, deixando afirmado: "Não tenho seguido, mas, de facto, disseram-me".

Recentemente, em Maio de 2022, houve em Beja uma gala de homenagem à sua filha dilecta, um espectáculo intitulado Tonicha - a Eterna Menina, com apresentação de Júlio Isidro e actuações de Anabela, Daniela Helena, Fernando Pardal e Mafalda Vasques, mas a coisa, pelos vistos, não correu bem, nada bem, e o presidente da edilidade mostrou-se "zangado, revoltado, enganado" por um evento que "não podia ter acontecido", já que, das 17 músicas em cena, apenas uma era de Tonicha e o resto não passava de uma retrospectiva, ademais manhosa, dos Festivais da Canção. Paulo Arsénio pediu desculpas pelo sucedido e deu instruções aos serviços camarários para devolverem o dinheiro a todos os que, apresentando-se na bilheteira do Pax Julia, quisessem ser ressarcidos por aquele delito de lesa-Tonicha.

Nesse capítulo, mais grave ainda foi a monumental gafe de Judite de Sousa, que a deu como morta, e logo por suicídio. Em 2015, ao entrevistar Nicolau Breyner para o programa 5 Dias 5 Noites, da TVI24, Judite Fernanda desabafou, pesarosa: "Há colegas seus, da sua geração, que acabaram por ter um fim triste. Estou a pensar na Tonicha, que se suicidou, e estou a pensar na Florbela Queiroz". Nico assentiu, compungido, sem se aperceber da barraca.

Entrevistada nesse mesmo ano de 2015 pelo programa Giras e Discos, da Rádio Sim, onde foi apelidada, e bem, de "rainha dos discos pedidos", Tonicha fez prova de vida e contou o seu dia-a-dia: mora em Sines, gosta de passear junto à beira-mar, de ler, ouvir rádio, ver televisão, coisas pacatas. Problemas de saúde complicados (venceu um cancro da mama, sofreu um atropelamento grave) levaram-na a resguardar-se e, segundo a própria, a "ficar mais sossegada, mais calma". "Até porque já não tenho 30, 40 anos", disse. Pois não, tem 77 - e muitos mais lhe desejamos.

António Araújo, historiador 

*Prova de vida (5) faz parte de uma série de perfis de verão


18 de abril de 2023

Recordar Joaquim Pessoa

Morreu um poeta: Joaquim Pessoa (1948-2023). Para a Tonicha escreveu várias canções: "Vinho novo" (1977); "Canção da amizade" (1978); 9 canções do LP "Ela por ela" (1980), entre as quais, "Canção da alegria", "Canção de Rosalinda", "Conversa a dois", "Chamar-te meu amor" ou "Canção da coragem"; "Cavalo de palavras" (coautoria: Ary dos Santos), 1997. À exceção de "Vinho novo", todas as canções foram musicadas por Carlos Mendes.


 






9 de abril de 2023

Tonicha na RTP no Domingo de Páscoa 1984

30 de janeiro de 2023

Rui Malhoa e "Fui ter com a madrugada"

Faleceu Rui Malhoa(1943-2023), letrista de canções, cantor e professor de Filosofia. Foi o autor da letra da canção com que Tonicha quase ganhou o Festival RTP 1968: "Fui ter com a madrugada".

13 de janeiro de 2023

Tonicha: Natal dos Hospitais 1985

11 de dezembro de 2022

As Duas Faces de Tonicha

Disponível nas plataformas digitais, embora com algumas incorreções. Editora: Word Music Records.

17 de novembro de 2022

Tonicha: uma das "Mulheres de Beja"

4 de novembro de 2022

Tonicha por Jorge Mangorrinha

The Temple Bar, ao que me disseram o mais famoso da cidade e diariamente com música ao vivo, foi o meu primeiro ponto de visita no dia da chegada a Dublin. Depois da espera na fila, sentei-me e pedi a melhor cerveja local e uma sanduíche. E logo ouvi: "A "pint of Gat"!", como ali designam a Guiness. Na entrega do pedido, o funcionário saudou-me, mas logo soltou um "sorry", termo utilizado muito frequentemente na Irlanda, mesmo se não se fizer nada de errado. Enquanto estava saboreando o lanche e a ouvir o quarteto de música, a memória levou-me a meio século atrás, talvez impelido por aquela sonoridade de inspiração céltica. Em 1971, Portugal foi representado no Gaiety Theatre pela minha familiar Tonicha e pelos meus amigos Nuno Gomes dos Santos, corista, e Nuno Nazareth Fernandes, compositor e corista naquele palco. Tonicha apresentou-se em Dublin "de olhar sereno e de fato novo". Participar nesse certame poderia ter pelo menos a virtude de mostrar que Portugal não desejava continuar a estar orgulhosamente só. A "menina de corpo inteiro" alcançaria um nono lugar, a melhor classificação portuguesa até então: "Menina resistiu à geopolítica da canção", intitulou a revista "Rádio & Televisão" no rescaldo, nas palavras de uma outra minha amiga, a jornalista Lourdes Féria, que fez uma reportagem na capital irlandesa. Lembrei-me de que, na véspera do evento, se anunciou um protesto contra o dispêndio da verba necessária para a televisão irlandesa o organizar e, ainda, por a canção da casa ser defendida em inglês e não no gaélico da cultura céltica local. Soaram, também, protestos políticos, designadamente de associações feministas partidárias do controlo da natalidade, numa época de grandes tumultos no território britânico. Por seu turno, Ary dos Santos desdobrava-se em contactos e até ofereceu o seu capote alentejano a um irlandês, que saiu do hotel envergando-o, para surpresa da restante comitiva. O representante diplomático de Portugal, o embaixador António da Rocha Fontes, ofereceu a toda a comitiva portuguesa e seus convidados uma receção. A popularidade de que a canção estava a gozar entre o povo irlandês foi salientada nos ensaios, onde "Menina" foi muito aplaudida. A cantora portuguesa era procurada pelos jornalistas de todo o mundo, por causa da expectativa quanto à canção. A comitiva portuguesa era considerada a mais simpática e teve, pela primeira vez, um "attaché de presse". Tonicha aderira também à moda dos "hot-pants". No palco, exibiu um vestido criado por Ana Maravilhas, estampado em tons variados, verde, cor-de-rosa, laranja, vermelho, com um cinto em laço, um dos mais bonitos vestidos da noite, segundo os comentários em Dublin, sobressaindo sobre o fundo creme do cenário. Porém, a vitória coube ao Mónaco, com "um banco, uma árvore e uma rua", que remeteram para as recordações de infância. As mesmas que, neste bar, me trouxeram para junto de mim, virtualmente, aqueles meus amigos, até porque já há muito passou o "orgulhosamente sós" - "Give me a pint of Gat, please!" -, sendo que, no final da tarde, me senti "a whale of a time" e "happy out", de quão bom foi ter estado naquele bairro mágico de Dublin e até aprendido novas expressões tipicamente locais. https://www.dn.pt/edicao-do-dia/04-nov-2022/irlanda-a-pint-of-gat-please-15316780.html, consultado no dia 04-11-2022

10 de agosto de 2022

Tonicha no "Jardim das Estrelas"

Em 1997, aquando do lançamento do cd "Mulher", Tonicha esteve no programa "Jardim das Estrelas" (RTP), de Júlio Isidro. Cantou "Ao menos uma vez" (Pedro Barroso) e "Que mulher esta" (José Fanha/Brian Adams/N. Kamen).

9 de julho de 2022

Tonicha: Festival de Knokke, Bélgica, 1972


 

28 de junho de 2022

Tonicha: 1.º Festival OTI, Madrid, 1972

 


7 de março de 2022

Parabéns, Tonicha!


 

2 de janeiro de 2022

Votos de um bom 2022!



10 de novembro de 2021

"Canção da alegria" reinterpretada

Mitó (dos grupos A Naifa e Señoritas), fã incondicional de Tonicha, reinterpreta, com Ana Bacalhau, "Canção da alegria", de Joaquim Pessoa e Tozé Brito, no cd de homenagem ao autor/compositor, disponível a 12 de novembro, neste ano do seu 70º aniversário.

"Quando me disseram que ela [Mitó] ia entrar no álbum, eu sabia que ela ia escolher uma canção de Tonicha", disse Tozé Brito ao Diário de Notícias.

O disco "Tozé Brito (de) Novo" reúne versões novas de canções que ele escreveu para Tonicha, Adelaide Ferreira, Herman José, Doce, Dina, Carlos do Carmo ou Ana Moura, agora recriadas por Selma Uamusse, Camané, Catarina Salinas, Tiago Bettencourt e António Zambujo, entre outros.

"Canção da alegria" foi o grande sucesso do LP "Ela por ela", Polygram, 1980.


10 de setembro de 2021

20 de junho de 2021

As mais populares no Spotify

 Neste mês de junho de 2012, são estas as 10 canções de Tonicha mais populares no Spotify.

"Fadinho da comida" entrou muito graças à telenovela "Nazaré", da SIC.

"Canção sem ti" teve agora uma versão nas vozes de dois fadistas: Natalino de jesus e Lenita Gentil.

"Esta festa portuguesa" e "Minha terra de Agosto desejado" costumam ter muitos ouvintes no verão.



21 de abril de 2021

Recordar Artur Garcia

 Artur Garcia: 1937-2021



8 de março de 2021

TONICHA: 75 ANOS























"É da torre mais alta do meu pranto
Que eu canto este meu sangue
Este meu povo
Nessa torre maior em que apenas
Sou grande
Por me cantar de novo"
(in "A voz do meu povo" do LP "As Duas Faces de Tonicha", Zip Zip - 1974. Autor: Ary dos Santos; compositor: Fernando Tordo)

27 de fevereiro de 2021

Tonicha por Maria Teresa Horta

 Maria Teresa Horta, figura ímpar das letras portuguesas, e que ganhou recentemente mais um prestigiado prémio literário, também escreveu sobre o VIII Grande Prémio TV da Canção -1971:

"Mais um Festival da Canção... por sinal até o melhor de todos. Pelo menos, três poemas de José Carlos Ary dos Santos é já uma garantia de qualidade a que estamos pouco habituados. Habituados estamos, infelizmente, às manifestações pouco educadas do nosso público... Mas a pateada de ontem, mais do que má educação, foi índice bem grave de ignorância: mais do que "falta de chá", foi bem significativo a determinar uma certa mentalidade... - José Carlos Ary dos Santos, ao subir ao palco, estava a ser vaiado... e é então que dá vontade de perguntar: mas afinal vale a pena? E é então que nos lembramos do ditado: "dar pérolas a porcos"...
O público queria Paulo de Carvalho. (...)
Porém, que maravilhosos foi ouvir "Cavalo à Solta"! (...)
Ganhou, porém, a "Menina", canção mais simples e capaz de ser imediatamente apreendida por um público mais vasto. Neste poema, José Carlos Ary dos Santos teve sobretudo a exigência da frescura, da transparência, da simplicidade, de gesto ainda impreciso e doce, de orvalho ou da terra: teve como que a exigência de uma ténue pele de mulher...
Se Ary dos Santos quis dar tudo isto, conseguiu: "Menina" é uma bonita canção que Tonicha (muito mais loura quando a canta) aprenderá a interpretar com maior rigor, à medida que melhor a vá sentindo no corpo, na boca, nos sentidos: subtil, roçagante, breve, um pouco secreta até, com algo e indeciso na textura, no tacto, no sorriso. - Depois de "Cavalo à Solta", a melhor canção é pois esta "Menina" - "com tranças de madrugada" -, feita de simplicidade e transparência. (...)"
Maria Teresa Horta, in Mundo da Canção.
Caricatura:
J. Rosa, in Restaurante Solar dos Presuntos, Lisboa.

11 de fevereiro de 2021

A "Menina (do Alto da Serra)" faz 50 anos!

 A "Menina (do Alto da Serra)" faz hoje 50 anos! Foi no dia 11 de Fevereiro de 1971, no Teatro Tivoli, que se sagrou vencedora no Festival RTP da Canção.



11 de dezembro de 2020

João Maria Viegas, Ary dos Santos, Tonicha e Bernardo Santareno

Neste estranho ano de 2020, Ary dos Santos faria 83 anos; Bernardo Santareno, 100 anos; João Maria Viegas, 90 anos.
Fica aqui a nossa homenagem a estes três homens. A foto, do acervo de Tonicha, deverá ser de 1975.



6 de dezembro de 2020

"Ela por ela" faz 40 anos

 Continuamos a redescobrir o vasto repertório de Tonicha. Esta semana, recuamos 40 anos, a Dezembro de 1980. Numa pausa de canções mais populares ou de raiz tradicional, Tonicha regressa aos temas de autor, na linha dos trabalhos que tinha feito com José Carlos Ary dos Santos. O LP em destaque chama-se "Ela por ela" e é composto por dez canções. Todas as letras são assinadas pelo poeta Joaquim Pessoa. (Recordamos que a última colaboração com Ary dos Santos data de 1976, com o single "O menino" e "Um grande amor", disco que inaugura o contrato de Tonicha com a Polygram.). São três os autores das músicas. Carlos Mendes assina seis temas. Tozé Brito assina o grande êxito "Canção da alegria". Pedro Osório assina a canção de raiz mais tradicional, "Maria da Conceição". Arranja também as versões da belíssima balada "Chamar-te meu amor", sobre música popular italiana, e da não menos bela "Canção sem ti", adaptação do tema "A comme amour", popularizado pelo pianista francês Richard Clayderman. A produção é de João Maria Viegas e os arranjos e a direção de orquestra são de Pedro Osório.

Deste manancial de canções com letras intensas e músicas harmoniosas, escolhemos uma das canções menos tocadas na rádio nessa década de 1980: "Canção da coragem", de Joaquim Pessoa e Carlos Mendes.

"Nem que a morte me soltasse/ todas as velas do sangue/ deixaria a minha casa/ como se fosse culpada/ Nem que a morte me soltasse/ todas as velas do sangue."

"Nem que a morte me dissesse:/ Virás de noite comigo.../ eu trairia um amigo/ Nem que a morte me levasse/ Nem que a morte me dissesse/ Nem que a morte me fugisse."

Recordamos que todas estas canções podem ser gratuitamente escutadas nas plataformas digitais, tais como o Spotify ou o Youtube.

"Ela por ela", da Universal Music Group, mostra a faceta mais doce da cantora ibérica que é Tonicha. O disco é uma dedicatória ao amor e à amizade. Prestemos atenção à voz da cantora e aos versos.

"Nem que a morte me fechasse/ todas as portas do sonho/ deixaria de cantar/ Nem que a morte me calasse/ Nem que a morte me fechasse/ todas as portas do sonho."

Foto incluída na entrevista de Tonicha à TV Guia n.º 101, de 10 a 16 de Janeiro de 1981

20 de outubro de 2020

SENHORA DO ALMORTÃO

Hoje propomos uma viagem musical às terras raianas da Beira Baixa.
Reza a lenda que, numa madrugada, uns pastores atravessavam o campo pelo sítio "Água Murta", em Idanha-a-Nova, quando encontraram uma imagem da Virgem num arbusto de murtas.
Depois de rezarem à Senhora, recolheram a imagem na Igreja de Monsanto. Passados dias, a imagem desapareceu, tendo sido reencontrada no murtão onde surgira inicialmente.
Respeitando a vontade da Virgem, foi aí construída uma ermida em sua devoção que ficaria conhecida, anos mais tarde, por Santuário de Nossa Senhora do Almortão.
Todos os anos, 15 dias após a Páscoa, tem lugar a Romaria da Senhora do Almortão, com a celebração de uma missa e a muito conhecida procissão. Desta tradição antiga, faz parte um almoço-convívio onde se cantam quadras à Senhora. Dizem os historiadores que, além de falarem da devoção à Virgem, as quadras exprimem o sentimento das pessoas da raia por terem sido libertadas do domínio castelhano.
Dessas cantigas, faz parte a sugestão musical de hoje: "Senhora do Almortão" pela voz de Tonicha.



Em 1995, Tonicha volta a gravar para a Polygram alguns dos temas do Cancioneiro Popular Português, que foram êxitos seus nos anos 60 e 70.
O álbum, onde se inclui esta versão, chamou-se "Canções d'Aquém e d'Além Tejo" e é considerado por muitos um dos melhores trabalhos da cantora.
Para isso muito contribuiu não só a interpretação de Tonicha, mas também a selecção do material etnográfico, a produção muito cuidada e a supervisão de João Viegas, marido de Tonicha, e a bem sucedida colaboração com a Brigada Vitor Jara e o professor Fontes Rocha, na guitarra.
Com arranjos sublimes de Rui Vaz, "Senhora do Almortão" tira partido da voz de Tonicha, dando-lhe o devido destaque. Presta ainda tributo à música popular e à região da Beira Baixa, com o recurso ao adufe que, entrosado com o violino, lhe empresta uma toada celta, quase épica, que nos faz viajar por tempos antigos nas paisagens de murta das terras raianas.

SENHORA DO ALMORTÃO (Beira Baixa)
Letra: popular / Arranjos: Rui Vaz

Senhora do Almortão
Minha tão bela raiana 
Virai costas a Castela
Não queiras ser castelhana.

Senhora do Almortão
Para lá eu vou andando
Minha alma já lá está
Meu coração vai chegando.

Senhora do Almortão
Eu p'ro ano não prometo
Que me morreu o amor
Ando vestida de preto.

Senhora do Almortão
Minha tão bela raiana 
Virai costas a Castela
Não queiras ser castelhana. 

15 de outubro de 2020

OS MAIORES SUCESSOS DE TONICHA













A Universal Music Portugal disponilizou hoje este LP de Tonicha nas plataformas digitais (Spotify, Itunes, Youtube). É uma compilação de 1980, com os grandes êxitos da cantora, mas também com dois medleys originais: "Tiro liro liro/ Rebola a bola/ A saia da Carolina" e "Ora vai tu/ Ora bate bate/ Ora viva a pândega". As letras são todas de J. Libório ou populares e as músicas, todas populares. Os arranjos são de Thilo Krasmann. A produção é de João Maria Viegas, (falecido) marido da Tonicha.