Este novo ano de 2009 começa por nos transportar até à década de 70, certamente uma das mais ricas (em discos e espectáculos) na carreira de Tonicha.
Começamos por 1978, um ano em cheio.
Em Janeiro, Tonicha apresenta um espectáculo memorável no Teatro S. Luís, em Lisboa, e que seria transmitido posteriormente, pela RTP, para todo o país. Este "Show Tonicha 1978" mereceu críticas muito positivas na imprensa. Das nossas pesquisas, seleccionámos as duas que se seguem:
in Revista PLATEIA, Janeiro de 1978
in Revista PLATEIA, Janeiro de 1978
Em 18 de Fevereiro, no Teatro Villaret, Tonicha defendeu quatro canções no 15º Festival RTP da Canção:
PELA VIDA FORA
UM DIA UMA FLOR
CANÇÃO DA AMIZADE
QUEM TE QUER BEM, MEU BEM
Nesse mesmo ano de 1978, pelas mãos da Polydor, foram editados dois singles que incluiam três dessas quatro canções.
LADO 1
QUEM TE QUER BEM, MEU BEM
(A. Avelar Pinho / Nuno Rodrigues)
(Arranjo de Armindo Neves)
LADO 2
UM DIA UMA FLOR
(Fernando Calvário / José Sotto Mayor)
(Arranjo de José Calvário)
QUEM TE QUER BEM, MEU BEM
(A. Avelar Pinho / Nuno Rodrigues)
(Arranjo de Armindo Neves)
Meu amor, meu país de tantos rios
Mil aldeias mil meninas
A molhar os pés no mar
Meu país de mil campinas
O teu corpo hei-de cantar
Meu amor, meu país de mágoa e sol
Mil vontades mil desejos a roçar a um altar
Meu país de tantos beijos
Teu quebranto hei-de quebrar
Minha terra, terra minha
Minha força portuguesa
Minha terra, terra minha
Lua cheia de surpresa.
Quem te viu meu mal, quem te quis meu bem
Quem te vê meu mal, quem te quer meu bem
Meu amor, meu país de ladainhas
Mil tambores, mil cantigas
A dançar d'horas no ar
Meu país de mil fadigas não te deixes enganar
Meu amor, meu país de sete cores
Mil florestas mil cidades
Onde o sol se vai sentar
Meu país de mil idades
É já tempo de casar
Minha terra, terra minha
Minha força portuguesa
Minha terra, terra minha
Lua cheia de surpresa.
Quem te viu meu mal, quem te quis meu bem
Quem te vê meu mal, quem te quer meu bem
Meu amor, meu filho lindo
Já são horas de acordar
Meu amor eu já vou indo
É tempo de te encontrar
Minha terra, terra minha
Minha força portuguesa
Minha terra, terra minha
Lua cheia de surpresa.
Quem te viu meu mal, quem te quis meu bem
Quem te vê meu mal, quem te quer meu bem
Minha terra, terra minha
Minha força portuguesa
Minha terra, terra minha
Lua cheia de surpresa.
Quem te viu meu mal, quem te quis meu bem
Quem te vê meu mal, quem te quer meu bem
Quem te viu meu mal, quem te quis meu bem
Quem te vê meu mal, quem te quer meu bem
Quem me quer bem, quem me quer bem, meu bem
Quem me quer bem, quem me quer bem, meu bem.
O outro single editado, também pela Polydor, inclui talvez a melhor canção desse lote: "Canção da Amizade".
Curiosamente, a única canção que não foi registada em single, "Pela vida fora" (incluída no álbum duplo "A ARTE E A MÚSICA DE TONICHA", Polydor, 1985), veio a ser a única das quatro editada em CD, em 1989, pela Polygram, mantendo o mesmo nome que o LP.
LADO 1
CANÇÃO DA AMIZADE
(Joaquim Pessoa / Carlos Mendes)
(Orquestração de Pedro Osório)
(Coro: Adelaide)
LADO 2
É TARDE MEU AMOR
(Joaquim Pessoa / Pedro Só)
(Orquestração de Correia Martins)
CANÇÃO DA AMIZADE
(Joaquim Pessoa / Carlos Mendes)
(Orquestração de Pedro Osório)
Não vou falar, nesta canção de azar ou sorte
Mas da razão que a gente tem de ser mais forte.
Uma canção é quase sempre uma viagem
É um navio subindo o rio da coragem.
Falo do amor, como uma rosa ou uma estrada
Rasgando a noite em direcção à madrugada
Trago na boca um canto aberto à claridade
Que é sempre pouca esta palavra liberdade
Liberdade, liberdade, liberdade
Meu coração, é como um pássaro poisado
Nas tuas mãos ó meu irmão desesperado
Canta comigo uma canção que seja nossa
Que a gente deve dizer tanto quanto possa.
Não estamos sós trago na voz uma mensagem
Com que este povo diz verdade e diz coragem
Quero dizer que sei de cor a tua dor
Pois a cantar a gente sofre e faz amor.
Por isso faço esta canção ó meu amigo
E a razão porque hoje canto é estar contigo
Mas não te dou nem um centavo de saudade
Dou-te um abraço e dou-te um cravo de amizade
Dou-te um abraço e dou-te um cravo de amizade
Dou-te um abraço e dou-te um cravo de amizade.
Veja os vídeos no YouTube:
(escolha a opção "assistir em alta qualidade")
PELA VIDA FORA
http://br.youtube.com/watch?v=T9w2FhYQG-Q
UM DIA UMA FLOR
http://br.youtube.com/watch?v=VtvHAlqEGek
CANÇÃO DA AMIZADE
http://br.youtube.com/watch?v=rMU83lgC_AI
QUEM TE QUER BEM, MEU BEM
http://br.youtube.com/watch?v=53SmzoYr0O0
MEGA SUCESSO
ZUMBA NA CANECA - 2ª EDIÇÃO
"Zumba na Caneca" foi um sucesso na carreira de Tonicha de tal ordem que, ainda em 1978, teve uma segunda edição com uma capa diferente. A primeira edição tinha uma fotografia da caneca que fora mandada fazer a propósito do lançamento do tema e para ser distribuída durante a conferência de imprensa. Este Natal, Tonicha e o seu marido, João Maria Viegas, surpreenderam-nos com uma prenda tão inesperada quanto inolvidável: uma das duas canecas que ainda possuiam!
"Caneca" gentilmente oferecida por Tonicha e João Maria Viegas
FOTOS: António Caló
O single que agora destacamos foi buscar uma das fotografias da série usada também para o single "O Chico Pinguinhas", 1979, cujo autor lamentavelmente desconhecemos.
Esta reedição mantém no lado B o tema "Ti Zé da horta", que cremos nunca ter sido reeditado em CD.
"Zumba na caneca", 2ª edição, mereceu edição também na Europa e no Brasil.
Nós tivemos acesso ao disco da edição francesa, por cortesia de João Maria Viegas e Tonicha. Aproveitámos a oportunidade para digitalizar, na Biblioteca José Saramago, Beja, a capa e contracapa.
Veja o vídeo no YouTube:
http://br.youtube.com/watch?v=FpBejrEgzv4
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