11 de dezembro de 2020

João Maria Viegas, Ary dos Santos, Tonicha e Bernardo Santareno

Neste estranho ano de 2020, Ary dos Santos faria 83 anos; Bernardo Santareno, 100 anos; João Maria Viegas, 90 anos.
Fica aqui a nossa homenagem a estes três homens. A foto, do acervo de Tonicha, deverá ser de 1975.



6 de dezembro de 2020

"Ela por ela" faz 40 anos

 Continuamos a redescobrir o vasto repertório de Tonicha. Esta semana, recuamos 40 anos, a Dezembro de 1980. Numa pausa de canções mais populares ou de raiz tradicional, Tonicha regressa aos temas de autor, na linha dos trabalhos que tinha feito com José Carlos Ary dos Santos. O LP em destaque chama-se "Ela por ela" e é composto por dez canções. Todas as letras são assinadas pelo poeta Joaquim Pessoa. (Recordamos que a última colaboração com Ary dos Santos data de 1976, com o single "O menino" e "Um grande amor", disco que inaugura o contrato de Tonicha com a Polygram.). São três os autores das músicas. Carlos Mendes assina seis temas. Tozé Brito assina o grande êxito "Canção da alegria". Pedro Osório assina a canção de raiz mais tradicional, "Maria da Conceição". Arranja também as versões da belíssima balada "Chamar-te meu amor", sobre música popular italiana, e da não menos bela "Canção sem ti", adaptação do tema "A comme amour", popularizado pelo pianista francês Richard Clayderman. A produção é de João Maria Viegas e os arranjos e a direção de orquestra são de Pedro Osório.

Deste manancial de canções com letras intensas e músicas harmoniosas, escolhemos uma das canções menos tocadas na rádio nessa década de 1980: "Canção da coragem", de Joaquim Pessoa e Carlos Mendes.

"Nem que a morte me soltasse/ todas as velas do sangue/ deixaria a minha casa/ como se fosse culpada/ Nem que a morte me soltasse/ todas as velas do sangue."

"Nem que a morte me dissesse:/ Virás de noite comigo.../ eu trairia um amigo/ Nem que a morte me levasse/ Nem que a morte me dissesse/ Nem que a morte me fugisse."

Recordamos que todas estas canções podem ser gratuitamente escutadas nas plataformas digitais, tais como o Spotify ou o Youtube.

"Ela por ela", da Universal Music Group, mostra a faceta mais doce da cantora ibérica que é Tonicha. O disco é uma dedicatória ao amor e à amizade. Prestemos atenção à voz da cantora e aos versos.

"Nem que a morte me fechasse/ todas as portas do sonho/ deixaria de cantar/ Nem que a morte me calasse/ Nem que a morte me fechasse/ todas as portas do sonho."

Foto incluída na entrevista de Tonicha à TV Guia n.º 101, de 10 a 16 de Janeiro de 1981