29 de junho de 2017
13 de junho de 2017
Baptista-Bastos (1933-2017)
"A Piaf afirmava que a arte de cantar (ela dizia, de uma forma mais rigorosa: "cançonetar") tinha como matriz "um pungente apelo interior". Tonicha pertence a essa estirpe de gente que canta aqueles que nos cantaram, servindo-se de uma voz pessoalíssima e absolutamente intransmissível. Digo: inimitável. Ela possui o tal registo interior que confere aos poemas escolhidos a dimensão do tempo, a marca de uma época e o timbre de uma personalidade. Personalidade, isso mesmo. Até porque Tonicha sabe, como poucos cantores portugueses, que cantar é amar o outro; os outros. E dizer-lhes que, apesar de tudo, ainda vale a pena acreditar. Porque não há conquista sem luta nem luta sem sofrimento.
Convido-os a escutar este disco, afinal a veemência de uma declaração de amor ao outro, aos outros - a nós."
Arquivadores de memórias:
Baptista-Bastos,
Discografia,
Mulher (1997),
Polygram