28 de setembro de 2008

TONICHA: FESTIVAL RTP DA CANÇÃO 1968

FUI TER COM A MADRUGADA
EP, RCA, TP-373

Parabéns RTP Memória!
Ontem tivemos o prazer de rever a nossa cantora preferida no Festival RTP da Canção 1978, que a RTP Memória transmitiu. Nesse ano, a RTP convidou apenas 3 cantores: José Cid, os Gemini e a nossa Tonicha. Cada um cantou 4 canções. Claro que, para nós, uma das melhores canções foi interpretada por Tonicha: "Canção da Amizade", letra de Joaquim Pessoa e música de Carlos Mendes.



FESTIVAL RTP DA CANÇÃO (1968)

A propósito de festivais, lembrámo-nos de apresentar hoje, na íntegra, os dois discos que incluem as canções que Tonicha cantou em 1968.
Este disco contém a canção que quase ganhou o Festival: "Fui ter com a madrugada".
O disco é uma edição RCA. Obteve apenas menos dois pontos que o "Verão" de Carlos Mendes que ganhou nesse ano. Curiosamente, o primeiro episódio da excelente série da RTP "Conta-me como foi" gira à volta deste festival, com umas personagens a torcerem por Carlos Mendes e outras por Tonicha.

LADO 1
FUI TER COM A MADRUGADA
(Pedro Jordão / Rui Malhoa)
AQUELE ENTARDECER
(Pedro Jordão / António José)

LADO 2
NÃO DÊS ATENÇÃO
(Pedro Jordão / António José)
ALGUÉM PARA AMAR
(Eduardo Garcia / Rocha Oliveira)



FUI TER COM A MADRUGADA
(Pedro Jordão / Rui Malhoa)

Fui ter com a madrugada
Ainda deitada
Vim a abraçar o sol
Aves poisam no silvado
Num canto trinado
Chegou mui perto do sol
Ai se os homens todos soubessem
Ir como eu ver nascer a luz
Não fariam noites mais negras,
Negras de noite breu. (1x)



A outra canção que Tonicha apresentou em 1968 foi "Calendário".
Este tema foi gravado num EP, cujo exemplar aqui apresentado foi-nos oferecido por João Maria Viegas, para a então RCA e inclui os temas:

LADO 1
CALENDÁRIO
(Pedro Jordão / António José)
FOI EM NOVEMBRO
(Mariana Filomena / António José)

LADO 2
ZÉ NINGUÉM
(José Mesquita / Francisco Nicholson)
A CANÇÃO DO NOSSO ENCONTRO
(Rocha Oliveira)



CALENDÁRIO
(Pedro Jordão / António José)

Cada dia que se acaba
Vou riscando com uma cruz
Passam anos vai-se a vida
Que já nada traduz
Hoje outra folha
Tirei ao meu calendário
Passou mais um mês
Não adianta contar
São mais trinta dias
Sem ti outra vez
Longa espera, meu cabelo
Acabou já por embranquecer
Falta muito ou falta pouco
P´ra te voltar a ver
São doze folhas cruéis
Que o meu desespero
Há-de sempre atirar
Para o cesto dos papéis
E no fim de tudo nada vai mudar
Passam invernos e primaveras
E o calendário é igual
Por meu mal sempre igual
Por essa razão já pensei que talvez
Seja melhor arrancar
As folhas que falta
Todas de uma vez.

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