LEMBRAR JOSÉ CALVÁRIO
(1951-2009)
Esta semana o país perdeu um dos mais importantes maestros portugueses: José Calvário.
Maestro, orquestrador, desapareceu cedo demais.
Deixou as lembranças daqueles que o conheceram e o seu trabalho de muitos anos em prol da música portuguesa.
FOTO: in jornal Público, 21 Junho 2009
Para sempre ligado à música portuguesa, o seu nome é também indissociável do Festival RTP da Canção para o qual compôs, por exemplo, E depois do Adeus com José Niza.
Para a história musical do país fica o álbum Fala do Homem Nascido, um clássico e uma referência, sobre poemas de António Gedeão, com música de José Niza e encenação musical do maestro José Calvário.
Maestro José Calvário com Samuel in Fala do Homem Nascido, CD, Movieplay, 1972
Prestamos-lhe aqui uma singela homenagem, relembrando algumas das músicas que escreveu para Tonicha e as várias orquestrações que fez para canções da cantora.
1972
Lisboa perto e longe
(Orquestração)
1972
Parole, parole
Simplesmente Maria
(Orquestração e Direcção Musical)
1972
Fala do Homem Nascido
(Encenação Musical)
1973
A rapariga e o poeta
Contraluz
(Autor da música e Orquestração)
1973
Com um cravo na boca
Rosa rosae
(Orquestração)
1974
Canto da Primavera
Os novos pobres
(Arranjos e Direcção Musical)
1978
Um dia uma flor
(Arranjos)
Revista "Mundo da Canção", nº30, 1973
A RAPARIGA E O POETA
(Letra: José Niza/Música: José Calvário)
Poeta amigo
Parto contigo
Nosso degredo
Fica em segredo.
Adeus ao mundo!...
Venham cantores
Descobrir a ilha dos amores!
Sofreste o livro
De um povo ao vivo!
Viveste à sorte
Sorriste à morte!
Brigaste vidas
Calaste dores
Mas nunca temeste adamastores!
História ao contar,
Mundo a correr;
Mulheres a amar,
A esquecer, a encontrar,
A perder, a inventar!
Fúrias de mar,
Gestos de amor;
Beber, lutar,
Com quem for;
Naufragar, renascer
E a cantar!
Sofreste o livro
De um povo ao vivo!
Viveste à sorte
Sorriste à morte!
Brigaste vidas,
Calaste dores,
Mas nunca temeste adamastores!
(1951-2009)
Esta semana o país perdeu um dos mais importantes maestros portugueses: José Calvário.
Maestro, orquestrador, desapareceu cedo demais.
Deixou as lembranças daqueles que o conheceram e o seu trabalho de muitos anos em prol da música portuguesa.
FOTO: in jornal Público, 21 Junho 2009
Para sempre ligado à música portuguesa, o seu nome é também indissociável do Festival RTP da Canção para o qual compôs, por exemplo, E depois do Adeus com José Niza.
Para a história musical do país fica o álbum Fala do Homem Nascido, um clássico e uma referência, sobre poemas de António Gedeão, com música de José Niza e encenação musical do maestro José Calvário.
Maestro José Calvário com Samuel in Fala do Homem Nascido, CD, Movieplay, 1972
Prestamos-lhe aqui uma singela homenagem, relembrando algumas das músicas que escreveu para Tonicha e as várias orquestrações que fez para canções da cantora.
1972
Lisboa perto e longe
(Orquestração)
1972
Parole, parole
Simplesmente Maria
(Orquestração e Direcção Musical)
1972
Fala do Homem Nascido
(Encenação Musical)
1973
A rapariga e o poeta
Contraluz
(Autor da música e Orquestração)
1973
Com um cravo na boca
Rosa rosae
(Orquestração)
1974
Canto da Primavera
Os novos pobres
(Arranjos e Direcção Musical)
1978
Um dia uma flor
(Arranjos)
Revista "Mundo da Canção", nº30, 1973
A RAPARIGA E O POETA
(Letra: José Niza/Música: José Calvário)
Poeta amigo
Parto contigo
Nosso degredo
Fica em segredo.
Adeus ao mundo!...
Venham cantores
Descobrir a ilha dos amores!
Sofreste o livro
De um povo ao vivo!
Viveste à sorte
Sorriste à morte!
Brigaste vidas
Calaste dores
Mas nunca temeste adamastores!
História ao contar,
Mundo a correr;
Mulheres a amar,
A esquecer, a encontrar,
A perder, a inventar!
Fúrias de mar,
Gestos de amor;
Beber, lutar,
Com quem for;
Naufragar, renascer
E a cantar!
Sofreste o livro
De um povo ao vivo!
Viveste à sorte
Sorriste à morte!
Brigaste vidas,
Calaste dores,
Mas nunca temeste adamastores!
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