A memória é um processo em construção.
Vive em tudo aquilo o que já se escreveu, ressurge sempre que passa de boca em boca, (sobre)vive quando habita os imaginários.
A memória aconteceu ontem. A memória é hoje e agora neste momento em que se escreve. Há-de ser também amanhã com as palavras que se vierem a escrever.
A memória escreve-se e reescreve-se, acrescenta-se e cresce com cada nova descoberta.
A memória alimenta-se de cada vez que se lembram poetas: Ary, Joaquim Pessoa, José Gomes Ferreira, António Botto ou José Fanha. Sempre que se trauteia uma moda, sempre que um malmequer é desfolhado ou há um pastor que chora.
E por vezes, com as mesmas letras, com as palavras desses poetas, com os mesmos trauteios, com toda a matéria com que se tecem as memórias, criam-se mitos. E, não raras vezes, com essa mesma matéria viva se desfazem outros. E assim a memória renasce, rejuvenesce e continua.
Porque a voz, essa, também continua!
(Venâncio Gomes)
in Boletim Informativo do Município de Beja, Abril 2007
Vive em tudo aquilo o que já se escreveu, ressurge sempre que passa de boca em boca, (sobre)vive quando habita os imaginários.
A memória aconteceu ontem. A memória é hoje e agora neste momento em que se escreve. Há-de ser também amanhã com as palavras que se vierem a escrever.
A memória escreve-se e reescreve-se, acrescenta-se e cresce com cada nova descoberta.
A memória alimenta-se de cada vez que se lembram poetas: Ary, Joaquim Pessoa, José Gomes Ferreira, António Botto ou José Fanha. Sempre que se trauteia uma moda, sempre que um malmequer é desfolhado ou há um pastor que chora.
E por vezes, com as mesmas letras, com as palavras desses poetas, com os mesmos trauteios, com toda a matéria com que se tecem as memórias, criam-se mitos. E, não raras vezes, com essa mesma matéria viva se desfazem outros. E assim a memória renasce, rejuvenesce e continua.
Porque a voz, essa, também continua!
(Venâncio Gomes)
in Boletim Informativo do Município de Beja, Abril 2007
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