FOTO: Sociedade Filarmónica Capricho Bejense
Na passada Sexta-feira, dia 31 de Outubro, comemoraram-se os 92 anos da Sociedade Filarmónica Capricho Bejense. Para quem não se recorda, foi aqui que Tonicha começou a cantar quando era pequena, antes de rumar a Lisboa para se tornar cantora.
A casa que a viu dar os primeiros passos aproveitou o seu aniversário para render uma homenagem a Tonicha.
Integrado nessa homenagem, dois jovens cantaram "O mar enrola na areia", acabando Tonicha por se juntar a eles, retribuindo a simpatia da organização.
FOTO: Sociedade Filarmónica Capricho Bejense
A partir de um dos temas mais conhecidos de sempre da cantora, e com o qual levou Portugal à Eurovisão, Cristina Coroa escreveu um texto que foi lido durante a homenagem.
Por gentileza de Luísa Costa, vice-presidente da Sociedade Capricho, publicamos aqui o texto e as imagens que nos fizeram chegar:
"Menina de olhar sereno…"
Um verso simples de uma canção…
E se os versos fossem pássaros rasando o quotidiano cinzento?
E se os poemas tomassem café connosco e banhos de sol e assaltassem as primeiras páginas dos jornais da manhã?
É o que fazem as canções: põem versos na boca do povo, espalham poemas nas ruas e enchem de poesia os corações.
"Com um ribeiro à cintura..."
Quando alguém a cantar nos conta de um ribeiro à cintura - e nós vemos! -é porque acreditou.
Que também a água pode cingir.
Que o olhar pode lavar.
Que podemos casar com hortelã.
Uma voz fresca como o linho enamorou-se das palavras dos poetas e nasceu mais que uma cantora, nasceu uma intérprete. Intérprete da sede, do pão, da água e da nossa fome de beleza.
"Vais pisando formosura..."
O tempo levou de Beja uma menina da planície, de cabelos de trigo louro. Foi pisar outros palcos cantando a voz dos poetas e a voz do povo, com a mesma entrega.
O tempo a trouxe há pouco de volta à terra mãe. Pela parte da Capricho, a casa primeira que a ouviu, menina ainda, tudo faremos para que aqui se sinta num ninho quente de ternura.
Bem-vinda, Tonicha!"
FOTO: Sociedade Filarmónica Capricho Bejense
FOTO: Sociedade Filarmónica Capricho Bejense
"Menina de olhar sereno…"
Um verso simples de uma canção…
E se os versos fossem pássaros rasando o quotidiano cinzento?
E se os poemas tomassem café connosco e banhos de sol e assaltassem as primeiras páginas dos jornais da manhã?
É o que fazem as canções: põem versos na boca do povo, espalham poemas nas ruas e enchem de poesia os corações.
"Com um ribeiro à cintura..."
Quando alguém a cantar nos conta de um ribeiro à cintura - e nós vemos! -é porque acreditou.
Que também a água pode cingir.
Que o olhar pode lavar.
Que podemos casar com hortelã.
Uma voz fresca como o linho enamorou-se das palavras dos poetas e nasceu mais que uma cantora, nasceu uma intérprete. Intérprete da sede, do pão, da água e da nossa fome de beleza.
"Vais pisando formosura..."
O tempo levou de Beja uma menina da planície, de cabelos de trigo louro. Foi pisar outros palcos cantando a voz dos poetas e a voz do povo, com a mesma entrega.
O tempo a trouxe há pouco de volta à terra mãe. Pela parte da Capricho, a casa primeira que a ouviu, menina ainda, tudo faremos para que aqui se sinta num ninho quente de ternura.
Bem-vinda, Tonicha!"
FOTO: Sociedade Filarmónica Capricho Bejense
FOTO: Sociedade Filarmónica Capricho Bejense
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