19 de outubro de 2008

TONICHA: O REGRESSO

PAX JULIA, a reportagem
in revista Domingo, Correio da Manhã

Já há algum tempo que não acordávamos tão cedo e com tanta disposição num Domingo!
A revista do Correio da Manhã, na sua edição de hoje, traz a reportagem do concerto de Tonicha no Cine-Teatro PAX JULIA em Beja e a que fomos assistir.
Uma belíssima reportagem com texto de Isabel Ramos e fotos de Mariline Alves!

"Ela continua a ser a "menina" de Ary dos Santos, rosa brava, rosa povo. Em Beja, terra onde nasceu, cantou para espantar males e mágoas. Cantou para os seus vizinhos e para a gente que veio de Lisboa ouvi-la." (Isabel Ramos, in Domingo, CM)



A jornalista Isabel Ramos escreveu um belíssimo texto, que não resistimos a transcrever, que começa assim:

"É ela, a menina de andar de linho, que ali vem. Em vez do ribeiro à cintura e do coletinho de lã, traz uma blusa colorida que o costureiro José Carlos fez para ela. Há muito tempo cortou o cabelo. Perdeu as tranças de madrugada. Mas a menina de riso aos molhos persiste. É ela que sai do camarim inundado de luz e caminha na direcção do palco do teatro Pax Julia, em Beja. Tonicha, 62 anos, está de volta ao Alentejo.
Nos bastidores - onde as lâmpadas são cobertas por filtros azuis para que as entradas e saídas não perturbem o ambiente - as palmas soam como a chuva. E ela avança, debaixo daquele pingar insistente, para o centro do palco. Não vacila.
"



A jornalista continua:

"Não há lugar vazio na plateia do Pax Julia (...) O público de Beja não vê no palco apenas a cantora. Tonicha é mulher querida da terra para onde voltou depois de longa ausência.
(...) No palco com os cinco alentejanos, Tonicha pergunta agora ao pastor porque chora. Pede-lhe, como escreveu José Gomes Ferreira, que deite as mágoas fora pois "carneiros é o que mais há
".



Referindo-se a um dos momentos do espectáculo, a jornalista Isabel Ramos escreve:

"No centro do círculo de luz, Tonicha balança os braços e estala os dedos ao som do "Vira do Minho", com letra de José Carlos Ary dos Santos, o mesmo que, em 1971, na sua casa da rua do Alecrim, Lisboa, foi dizendo, à medida que criava com os olhos postos nela, o poema "Menina".



No último parágrafo da reportagem pode ler-se:

"Tonicha retira-se do palco. Retoma os jeans e os ténis vermelhos. Põe os óculos rectangulares de aros pretos (...) Voltam para casa, ao pé do liceu de Beja. Tonicha deixou o jantar feito."



Para ler a reportagem completa, clique em:
http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=22AFBE8F-B637-42C3-A6CC-DE3741D758A1&channelid=00000019-0000-0000-0000-000000000019

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